POR QUE É IMPORTANTE A TOMOGRAFIA COMPUTADORIZA?

 Tomografia: é um exame complementar que permite ao dentista observar em detalhes, uma imagem bucal feita em 360º, podendo detectar alteração óssea, tumores, pequenas fraturas, etc.

Para o Ortondontista esse exame complementar ajuda evitar uma movimentação ortodôntica inadequada, pois, a qualidade, tamanho e o nível das tábuas ósseas que recobrem os dentes por vestibular (voltada para fora) e lingual (voltada para dentro), determina a espessura do rebordo alveolar (osso que recobre a raiz dos dentes) e define os limites da movimentação ortodôntica, e ignorar esses limites pode causar efeitos colaterais iatrogênicos para o periodonto de sustentação e proteção irreversíveis.

Na ortodontia os movimentos mais críticos são a expansão das arcadas dentárias e os movimentos de retração anterior. Tais mecânicas podem descentralizar os dentes do suporte ósseo e as principais consequências desses movimentos inadequados são: deiscências, recessões gengivais e fenestrações ósseas periodontais.

 

  • Deiscências ósseas – é o aumento da distância entre a junção cemento-esmalte e a crista óssea alveolar vestibular ou lingual provocando a recessão gengival. Isso quer dizer que parte da raiz próxima à coroa dental fica desprotegida do osso e ou gengiva podendo causar mobilidade e sensibilidade, em casos mais graves, chegando a perda dental.

Abaixo exemplos de deiscência óssea com recessão gengival provocada por movimento ortodôntico inadequado.

Deiscência Ossea Vestibulas

Imagem tomografica

Fenestração óssea periodontal – é a interrupção na continuidade do osso alveolar vestibular e ou lingual, que expõe a raiz do dente. De forma simplificada, é uma perfuração óssea na região da raiz dental, que pode ou não estar coberta pelos tecidos moles como gengiva e mucosa bucal.

Vale a pena ressaltar que esses problemas ósseos são de prognósticos bastante sombrios e de difícil tratamento, podendo em determinados casos serem solucionados e/ou controlados com enxertos ósseos ou gengivais.

Para se evitar essas iatrogenias, ultimamente o planejamento ortodôntico que antecede ao tratamento tem se baseado nos detalhes morfológicos das tábuas ósseas vestibular e lingual fornecidos pela Tomografia Computadorizada, a qual possui elevada definição e detalhamento das estruturas.

Essas constatações na TC podem alterar os planejamentos usuais, apontando os limites das movimentações Ortodontia e definindo os procedimentos que podem e os que não devem ser implementados em cada paciente individualmente, pois determinados movimentos ortodônticos tendem a descentralizar os dentes no osso alveolar, com as informações das estruturas duras da boca de forma detalhada pela TC é possível realizar o tratamento ortodôntico de forma mais segura, precisa e saudável.